25.4.05
Contribuidores
Partidas
- Blue Lounge
- Bodegas
- O Dedo Mindinho
- Feno de Portugal
- Heteronimus
- O Insurgente
- Miss Pearls
- No fundo, no fundo
- Paróquia do Minho, 1868
- Por estas e por outras
- Rectângulo
- Ver Para Crer
- Vento Sueste
Chegadas
- Ainda sobre entrevistas eclesiais ao Expresso
- Ratz... quê? Bento XVI!
- In The Womb
- Para não comentar entrevistas eclesiais ao Expresso
- Cristãos nas Catacumbas (III)
- Algo que me intrigava há algum tempo...
- O Papa e o Zeitgeist
- Algo mais irreverente!
- Conhecer Bento XVI
- Deus é mais corajoso que os homens!
2 Comentário(s):
25 de Abril, mais um ano da Liberdade?
Eu não o festejei. Não porque não acredite nos ideais da Revolução, não porque concordasse com a ditadura, não porque não tenha a certeza de que se vive melhor hoje do que se vivia há 30 anos em Portugal. Simplesmente, porque ao fim de todos estes anos, concluo que apesar de o slogan da Liberdade andar de boca em boca e ser proclamado aos 4 ventos, não passa de uma palavra OCA na boca da nossa classe política, ou pelo menos da maioria.
Veja-se concretamente, o que se passou na Assembleia da República (de um país onde a LIBERDADE é endeusada, note-se) no passado dia 20 de Abril: decidiu-se referendar novamente a questão do Aborto.
Se a memória não me falha (sim, porque eu já tenho mais alguns anos do que a Revolução de Abril!) foi pedido ao Povo português que informasse se concordava com a Lei então em vigor ou se se poderiam fazer algumas alterações (pequenas!). O Povo português LIVRE E DEMOCRATICAMENTE escolheu que a Lei devia ficar como estava. Escolheu por maioria, sim, porque em Democracia a Maioria VENCE.
O meu espanto, a minha revolta, a razão porque julgo a Revolução não ter passado de uma Fantuchada, é que ainda nem passados 10 anos do Referendo, tendo Presidentes da República e Governos do mesmo partido, o parecer pedido ao Povo Soberano não tem qualquer valor e altera-se a Lei e aprova-se novo Referendo.
Afinal qual é a diferença entre hoje e o 25 de Abril de 1974? Parece-me que, pelo menos naquela altura, não faziam de nós Palhaços!
Onde está o respeito pela Liberdade?
Maria:
A figura que coloquei revela um pouco das ambiguidades de Abril, mostrando como o entusiasmo “vermelho” correu o risco de destruir Portugal!
De facto, o 25 de Abril de 1974 não foi o começo da liberdade que esperávamos. Mas 24 de Abril também não era só “a paz nas ruas e paz nos espíritos”! Se se repete tanto o slogan “25 de Abril sempre!” é porque ele não está completo! O 25 de Abril é a festa da liberdade e, por isso, para mim é também a festa da responsabilidade! Não deve atemorizar-nos: deve animar-nos a uma intervenção mais activa. Talvez não nos desígnios políticos, mas nos “pequenos pelotões” de que fazemos parte: as famílias, o emprego, as associações a que pertencemos, os blogs em que escrevemos!
Só assim é possível que a 25 de Abril de 1974 se sucedam outros, como o de 1975, em que a democracia ganhou nas urnas o que perdera na Revolução!
Enviar um comentário
<< Home