Deus é mais corajoso que os homens!
Estas as palavras que me occoreram quando o cardeal Somalo exclamou: “Ratzinger!”
Na noite de ontem, a RTP mostrou uma breve entrevista ao então Cardeal Ratzinger. Brilhante: aquele homem não se repete, não hesita, reformula as questões mostrando porque estão mal colocadas, e responde-lhes com a simplicidade e quem meditou longamente o vastíssimo leque dos problemas da humanidade. E a simplicidade: um optimismo sobrenatural, uma alegria, uma compreensão dos problemas dos homens, uma consciência claríssima das dificuldades de uma Igreja constituída por pecadores! O contrário do Inquisidor autista e de perspectivas limitadas em que tantas vezes nos quiseram fazer acreditar.
Eu já tinha lido O Sal da Terra! Não duvidava da santidade de vida do Cardeal Ratzinger. No entanto, humano e limitado como sou, envergonhado e temente do confronto, cheio de respeitos humanos, achava que não deveria ser o Papa… Zombava dos jornais que o apresentavam como principal papabile! Mas vieram as suas homilias no período de Sede Vacante; e a ternura – não apenas o respeito, mas a ternura – com que recebeu os que serviam nas cerimónias desses dias; a cumplicidade com a multidão que gritava Santo Subito! Que o escolham, pensei sem esperança!
E depois, Somalo a dizer: “Ratzinger!” Não queria acreditar! Nunca pensei que os Cardeais tivessem coragem para eleger o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé para suceder a
Mas os cardeais conhecem Ratzinger melhor do que eu! Conhecem a sua simplicidade: sabem – como disse D. José Policarpo – que “ele não é apenas apreciado, mas estimado!” Sabem que não precisará de desvirtuar a fé para conquistar os corações dos Homens! (Afinal, também aquele que o nomeou Prefeito não necessitou de o fazer) Os cardeais sabem que é uma luz num mundo cheio de sombras. Sabem que ele só é um conservador para os que, ontem em Portugal e hoje em Espanha, só sabem ver progresso no desbragamento da vida social!
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