27.3.05

Testemunho de Esperança


Hoje, João Paulo II apareceu na sua janela.
Apareceu. Não se lhe ouviu uma palavra. Foram os seus gestos que falaram!
O Papa chorou por não conseguir corresponder ao apelo de tantos que lhe manifestavam o seu carinho entre as colunatas de Bernini! Mas não pôde falar!
Mas o Papa fez o essencial: os gestos: o agradecimento; o levar as mãos à cabeça em sinal de lamentação por uma situação tão constrangedora como o não poder responder; a Bênção!
Um documentário do jornalista italiano Alberto Michellini sobre a vida de João Paulo II destacava a importância dos gestos na sua vida: as visitas simbólicas às Nações Unidas, a Aushwitz, ao Monte das Cruzes, ao Monte Nebo e ao Sinai, ao Yad Vashem e ao muro das lamentações; a cerimónia do perdão; a cruz dos jovens; a entrega da bala que o atingiu ao Santuário de Fátima…
Muitas personagens que o contactaram de perto relatam essa força dos gestos na sua vida: um bispo descrevia como o via usar óleo abundante na consagração de um altar; as imagens da televisão mostravam-no a usar muita água na celebração do baptismo; e a intensidade do seu recolhimento (mesmo em cerimónias multitudinárias) tornou-se contagiante em Fátima, em Santiago de Compostela, em Lisboa, e Czestochowa, em Roma, em Paris ou em tantos locais onde se encontrou com milhões de pessoas.
O Papa não precisa de falar! Um refrão que os inevitáveis espanhóis não cessam de gritar nos seus encontros com o Papa diz: Se nota, se siente: el Papa esta presente! Palavras para quê? Com a sua presença corajosa, com o seu exemplo, o Papa não tem que falar para mostrar que é, verdadeiramente, um Testemunho da Fé, da Esperança e do Amor!

1 Comentário(s):

Anonymous Anónimo escreveu...

A propósito da saúde do Papa, lembro-me do mote do seu pontificado: "Não tenhais medo!" - palavras do próprio Cristo.

Não tenhais medo de ter um Papa idoso; Não tenhais medo de ter um Papa doente; Não tenhais medo de ter um Papa que leva até ao fim o que Deus reserva para ele.

30 de março de 2005 às 11:43  

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