1.4.09

O Programa ABC

Não deixa de ser patológica a obsessão pela defesa do preservativo. É este um estranho comportamento porque se sabe que o preservativo é falível como método de contracepção e, consequentemente, mais riscos corre quem o usa como protecção contra a Sida cujo vírus é 500 vezes menor do que o espermatozóide. Além disso não protege de outras doenças sexualmente transmissíveis como o papiloma humano cujo contágio se faz pelo contacto pele-pele…

Desde há 15 anos que no Haiti, Guiana, Vietname e em países africanos, especialmente no Uganda onde a experiência foi iniciada, a Sida está a ser debelada com assinalável êxito pelo Programa ABC: Abstinence, Be Faithful, Condon (Abstinência, Fidelidade, Preservativo).

Esta realidade mostra que debelar a pandemia da Sida e de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, mais do que a distribuição de preservativos, envolve a promoção de outro tipo de comportamentos, “politicamente incorrectos” porque lesivos de grandes interesses ideológicos e económicos internacionais promotores do “sexo seguro” mas, certamente, mais eficazes.

Entre as acções possíveis podem salientar-se:
Educar para uma sexualidade responsável que permita entender que o outro é um dom e não um descartável para usar e deitar fora;
Desenvolver políticas que evitem uma actividade sexual precoce dado que, na adolescência, a capacidade genital não anda associada a equivalente maturidade psíquica;
Promover a Família, a fidelidade conjugal e a relação monogâmica estável entre parceiros não infectados;
Ir contra-corrente de interesses ideológicos e económicos que pretendem fazer crer que o adolescente e o adulto têm de comportar-se como animais determinados pelo instinto cego e não como pessoas humanas capazes de ter afectos, de raciocinar, de respeitar a própria intimidade e a alheia, de agir como seres livres e responsáveis.
Deixar de promover paliativos como se de remédios mágicos e absolutos se tratasse. O preservativo pode ser um recurso falível para situações extraordinárias de comportamento sexual permissivo, mas nunca a solução segura para a sexualidade irresponsável e promíscua.
Dar corpo a políticas educativas, sociais, económicas, de saúde pública que erradiquem, cada vez mais, a pobreza material e espiritual responsável por comportamentos desvirtuados;
Assumir que a resposta à pandemia da sida tem de ser multidimensional não podendo, consequentemente, reduzir-se à publicitação do uso e oferta de preservativos com enorme custo para o erário público;
Aceitar, sem complexos, que a vivência de conceitos morais nas relações sexuais, ajudam a diminuir a infecção, e não são uma intromissão abusiva da Moral na Saúde Pública. São, pelo contrário, um valor acrescentado e um bom recurso sanitário;
Consciencializar que promover, sem um esclarecimento sério dos riscos de contágio, o preservativo como panaceia universal para a sexualidade desregrada, é, salvo melhor opinião, o mesmo que promover a roleta russa. É esta, um jogo que consiste em introduzir uma bala na câmara de um revólver, rodar o tambor e apertar o gatilho apontando à própria cabeça. Se pensarmos que o preservativo apresenta um risco de cerca de 20%, numa relação com pessoa infectada e a compararmos com o risco que corre quem joga a roleta russa, a probabilidade de morrer como consequência do acto é, objectivamente, a mesma.

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