Uma surpresa agradável!
Com o Público de hoje chegou a revista Atlântico que, a manter-se como neste primeiro número, pode ser uma contribuição relevante para o reequilíbrio do debate ideológico e político em Portugal.
Após uma priemeira leitura, destacam-se os textos de Rui Ramos, sobre os desafios que se colocam ao novo governo, e de Paulo Tunhas, sobre a Omnipotência do Pensamento e Narcisismo Intelectual.
Também num texto de Luciano Amaral, sobre as razões do fracasso dos EUA no Vietname, se apresenta um argumento sobre a incapacidade da esquerda em reavaliar a importância da Guerra do Vietname, argumento que pode ser alargado à sua incapacidade para avaliar todo o século XX:
Claro que estas pessoas [que, nos anos 70, exigiram a retirada incondicional dos EUA] nunca farão semelhante reavaliação. Porque, acaso o fizessem, colocariam a sua própria identidade em questão. O que abriria uma perspectiva completamente nova sobre o século XX mundial. Uma perspectiva na qual o seu (como hoje sabemos) não seria o lado certo da História.(Luciano Amaral, A Guerra que a América Não Quis Ganhar, in Atlântico, n.º 1, Abril 2005)
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