Folhas de Figueira
Roger Scruton escreve um interessantíssimo artigo na Spectator sobre o valor do pudor e da modéstia:
Sexual shame differs from moral shame in two ways. First, it is not a confession of wrongdoing: on the contrary, it testifies to the reluctance to do or suffer wrong. Secondly, it is not troubled, as moral shame is troubled, by the thought that you are being judged as a self, a free being, a moral subject. On the contrary, it arises from the thought that you are being judged as a body, a mechanism, an object. […]If we lose the capacity for shame we do not regain the innocence of the animals; we become shameless, and that means that we are no longer protected from the sexual predator.
1 Comentário(s):
Ouvi há poucos dias alguém dizer que o pudor não se mede apenas nos centímetros ou transparências da roupa que usamos, mas também:
no modo como falamos e aquilo de que falamos (o uso dos telemóveis nos transportes públicos!);
na forma como abrimos a porta de nossa casa a todos (as construcções antigas têm uma sala de visitas para os que convidamos e uma sala íntima onde só entram os muito amigos);
o que lemos nas revistas sobre a vida dos outros (relatada na primeira pessoa ao mais infimo pormenor); etc.
Um dos temas que me preocupam hoje em dia é a carga de sexualidade que apanham as crianças desde tenra idade, porque, como não há temas tabu, já assistiram a todo o género de conversas entre adultos, viram todo o género de imagens na TV e, se calhar, na própria casa. As Educadoras fomentam os namoros desde a creche! E depois admiram-se dos números crescentes de adolescentes grávidas, de casos de homossexualidade, de pedofilia e por aí fora.
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