19.8.05

JMJ IV - As Catequeses

O dia de hoje foi bem mais calmo. Para já, dormimos até mais tarde. Depois, tivemos a grande sorte de ter a catequese muito perto dos alojamentos. Finalmente, os atrasos no almoço obrigaram-nos a uma longo piquenique num jardim da cidade, durante o qual alguns chegaram a dormir a sesta.
As catequeses são momentos importantes das JMJ: durante as manhãs, bispos de países que falam a mesma língua pregam sobre um tema: as modalidades são distintas, de acordo com cada bispo. No caso do nosso grupo, o arcebispo de Brasília convidou-nos a participar com o nosso testemunho sobre o tema da catequese. Um momento emocionante foi aquele em que D. João Braz agradeceu a João Paulo II o carinho especial que devotou aos jovens: na igreja ressoou um enorme aplauso, ao qual o bispo respondeu mostrando a fotografia do falecido papa que o acompanhava na sua bolsa de peregrino.
Seguiu-se a Eucaristia, com cânticos tradicionais da Igreja do Brasil (e alguns de Portugal).
Ao fim da tarde reunimo-nos novamente na igreja para celebrar a Via-Sacra. Estava previsto que se celebrasse pelas ruas da paróquia, mas a instabilidade do tempo levou a que ficássemos pelo interior do templo.
O sol sorridente de ontem desapareceu, e o céu está nublado, coisa que nos preocupa, porque amanhã partiremos “de armas e bagagens” para Marienfeld, a esplanada onde durante dois dias, decorrerá a vigília e a Missa final destas Jornadas. O Cardeal Meisner, arcebispo de Colónia, colocou uma vela diante de uma imagem muito popular de Nossa Senhora, pedindo o bom tempo. Alguns do grupo dizem com uma confiança inabalável; Não vai chover! E se lhes dizemos Pelo sim pelo não, vou levar um impermeável!, perguntam: Para quê? Não vai chover!
Pela minha parte, já estou a preparar-me para uma molha monumental e dois dias de roupa molhada… e para as constipações entre alguns do grupo. Até é uma manifestação de carinho pelo Papa apanhar uma constipação para poder ouvi-lo. Mesmo assim acredito que pode haver um milagre, e vou repetindo, como os miúdos: Nossa Senhora da Conceição: faça sol e chuva não!
Uma última nota: ainda conto perguntar a algum dos alemães porquê tanta devoção a Sto. António nesta terra! Por estas bandas, talvez por influência luterana, nas Igrejas não há muitas imagens de santos. Um crucifixo num lugar central, uma imagem de Nossa Senhora mais ou menos destacada… mas quase não se vêem imagens de santos. Uma excepação curiosa é Santo António, que já encontrámos em quatro igrejas, incluindo a Catedral! É sempre bom encontrar um conterrâneo ilustre!

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