27.1.05

A Falsa História II

No DN de Segunda-feira, João César das Neves voltou ao tema, já aqui referido, da verdadeira história do Evangelho, a propósito do livro de E. P. Sanders intitulado A Verdadeira História de Jesus. Apenas um excerto do artigo:
[...] querem saber como foi construída essa "verdadeira história"? Sanders explica "Duvidamos daquilo que é demasiado compatível com a perspectiva dos Evangelhos e consideramos credível aquilo que é contrário às suas preferências" (p. 128).
Ou seja, não sabemos, mas inventamos da forma mais oposta à Igreja. É como uma biografia de Eusébio feita para contradizer os benfiquistas. Este é o "método rigoroso".
João César das Neves

1 Comentário(s):

Blogger Francisco Faure escreveu...

Tive a curiosidade de folhear atentamente o livro, depois de ler os comentários de dois dos nossos bispos que nos são apresentados pela editora.
Eu acrescentaria, a tudo o que João César das Neves tão bem escreve, dois aspectos.
Em primeiro lugar, E. P. Sanders não tem o mesmo rigor histórico quando descreve a religião judaica que procura apresentar para tudo o que diz respeito ao cristianismo. A sensação que me deu, enquanto leitor, foi de que a carga de "isenção" que o autor apresenta desaparece quando tem de falar de algo que não diz directamente respeito à vida de Cristo.
Por outro lado, continuo a achar que este é um livro académico e não uma obra de literatura para ser acedida por todos nós. Não porque considere que nem todos devem ter acesso ao conhecimento mas sim porque, a determinados níveis, a discussão só está acessível aos especialistas. A um amigo músico poderia oferecer no aniversário uma partitura mas aos outros amigos seria mais lógico oferecer um cd. Da mesma forma, à maioria das pessoas faz mais sentido oferecer a Odisseia em vez de uma compilação de artigos onde se discutem os vocábulos utilizados por Homero.
Mas modas são modas! E como diria alguém: "Se amas a Jesus, reza enquanto leres este livro. Se não, talvez nunca o venhas a amar." E o fundamento de tudo está aí mesmo, no Amor!

29 de janeiro de 2005 às 11:13  

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