4.4.05

João Paulo II Está-Te Grato Todo O Mundo

O agravamento do estado de saúde e a morte do Papa João Paulo II, trouxe à luz do dia esse imenso e multicolor Corpo de Elite, auxiliar da Guarda Suissa, que, convocado pela misteriosa trombeta do amor e da gratidão, envolveu o Papa, trazendo nas mãos as armas da oração, do carinho, da mortificação, das lágrimas, da saudade que já se começava a sentir…
Muitos referirão as viagens, os documentos, os livros, as audiências, multitudinárias ou não, as numerosas personalidades presentes no seu funeral, a influência marcante que teve em aconte-cimentos da transição de século…
Prefiro, por esse motivo, referir um aspecto menos retumbante mas não de menor importância: a vida de oração do Papa. Contava-me um amigo que depois de ter tomado conhecimento da sua nomeação como bispo-auxiliar passou por um convento e pediu licença às religiosas para ir rezar à capela. Passaram-se as horas, caía a noite, e, preocupadas, com receio que algo tivesse acon-tecido ao jovem sacerdote, as religiosas entraram na capela. Karol Woityla estava mergulhado em oração e pediu-lhes: “Sabem irmãs! Eu só tenho comboio à meia-noite e se não causasse incómodo, tenho tantas coisas a conversar com Nosso Senhor, ficaria aqui até à hora de tomar o comboio.”. Ao longo dos anos quantas noites não foi encontrado na capela do lugar onde pernoitava, muitas vezes prostrado no chão à tradicional maneira polaca, pedindo pela Igreja, pelos problemas prementes, pela humanidade inteira… A oração, o saber-se constantemente na presença de seu Pai Deus e, confiadamente nas Suas mãos, explica a sua força interior, a energia de quem se sente constantemente interpelado pela pergunta de Cristo: “Pedro, amas-Me mais do que estes?” e o desejo ardente de responder: “Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo.” (Cfr. S. João, 21, 15-17).
Algum dia saberemos quanto dos êxitos políticos, sociais, humanos… da recente e futura História da Humanidade, e da biografia de cada um de nós, são fruto da oração, da mortificação e da catequese de João Paulo II.
O Papa que agora está sobre terra ensinou-nos a viver e a morrer. Rezemos por sua alma. É um dever de gratidão e de justiça

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