Conciliar Família e Trabalho
O desenvolvimento económico do Japão levou, na década de 80, William Ouchi (1) a estudar essa realidade e a desenvolver o que designou por Teoria Z. Descobriu que “o milagre japonês” se devia à interacção de dois princípios: o interesse pela pessoa, tratada com confiança, delicadeza e respeito pela sua intimidade, que é gerador de um sentimento de lealdade à empresa e do interesse pela produção.
Na mesma altura, começaram a surgir nos países mais desenvolvidos Movimentos de Mulheres de sucesso na vida profissional que defendem um repensar da identidade feminina e uma maior atenção, considerada gratificante e socialmente benéfica, dada ao matrimónio, aos filhos, à família, à cultura, a actividades de voluntariado…
Estes movimentos são conhecidos como Novo Feminismo. (2)
O Relatório Bebés E Empregadores. Como Conciliar Trabalho E Família, recentemente publicado pela OCDE analisa a relação entre taxas de fecundidade e trabalho de mulheres com filhos, e revela que os Países do Norte da Europa, principalmente a Dinamarca e a Islândia, seguidos pela Finlândia, França, Noruega e Suécia ocupam a posição cimeira. Fora da Europa os Estados Unidos e a Nova Zelândia aparecem em posição de destaque. A sua análise mostra que o trabalho da mulher fora do lar não é decisivo para a queda da natalidade.
No Verão passado, publicou-se em Espanha um interessantíssimo livro, Dueños De Nuestro Destino. Como Conciliar La Vida Professional, Familiar Y Personal (3) em que as autoras, Nuria Chinchila e Maruja Moragas defendem que o primeiro passo para conciliar aqueles três aspectos é “a nossa própria vontade para melhorar a realidade em que vivemos e nos convertermos em donos do nosso próprio destino”
“Conciliar com nós próprios”, conhecermo-nos bem é, na opinião das autoras, o alicerce da conciliação. Conseguí-lo permite-nos entender melhor a realidade, descobrir a nossa própria identidade, e construirmos o nosso futuro como seres livres e responsáveis que somos. E isto consegue-se com o esforço perseverante para sermos mais e melhores pessoas; com a formação contínua nos aspectos humanos, profissionais, culturais…religiosos que permitam superar as nossas incapacidades naturais e reorientar, se necessário, as motivações que nos levam a actuar e a decidir.
Ajuda preciosa é poder contar com o conselho de um amigo experiente e leal que nos possa ajudar a traçar, e a seguir, o melhor caminho para a nossa vida.
“Conciliar com a família”, célula básica da sociedade, onde se encontra uma diversidade e variedade temporal, de relações humanas, idades, estados de ânimo, profissões, alegrias e dores…e onde cada um é aceite e querido por aquilo que é, não por aquilo que produz. Por isso a Família é, como afirmam as autoras: “o ambiente idóneo para conseguir o crescimento equilibrado e desenvolver competências pessoais e profissionais para a posterior inserção laboral e social.”
Necessário é estabelecer uma hierarquia de prioridades nas relações familiares, na família nuclear e na relação com a família extensa, que respeitem os direitos-deveres de cada um dos seus membros de molde a evitar atropelos, confusões, conflitos, desentendimentos, problemas de consciência… tendo presente que, uma “emergência”, é sempre uma emergência.
“Conciliar família e trabalho”, porque trabalhar faz parte da natureza da pessoa humana e não é um estorvo. ”A missão específica da empresa como instituição é produzir riqueza e reparti-la de modo equitativo; mas não podemos esquecer que a missão genérica de qualquer organização humana é ajudar a crescer profissional e pessoalmente as pessoas que ali trabalham e facilitar que desenvolvam entre si relações de amizade.” Por isso, várias empresas de sucesso começam a desenvolver medidas que lhes façam merecer a qualificação de Empresa Familiarmente Responsável. Porque hoje começa a ser evidente que, “para conseguir verdadeiro progresso juntamente com o desenvolvimento da eficiência técnica é necessário incrementar a eficiência humana na sociedade” e que “para que ela funcione, todos somos responsáveis e comprometidos”.
(1) WILLIAM OUCHI, La Teoria Z. Como puedem las empresas hacer frente al desafio japonês, Fondo Educativo Interamericano, México, 1982
(2) Entre outras: Eva Herman (Alemanha) Harriet Hartman (Inglaterra) Ivonne Knibiehler (França) Inda Schaenen (USA) Marianne Siegenthaler (Suiça), Katherine Ellison.(USA), Mary Anne Glendon (USA) Janne Haaland Matlary (Noruega), Sue Shellenbarger (USA), Evelyne Sullerot (França)
(3) Instituto Superior de Estúdios de la Família, UIC, Barcelona, 2007
Na mesma altura, começaram a surgir nos países mais desenvolvidos Movimentos de Mulheres de sucesso na vida profissional que defendem um repensar da identidade feminina e uma maior atenção, considerada gratificante e socialmente benéfica, dada ao matrimónio, aos filhos, à família, à cultura, a actividades de voluntariado…
Estes movimentos são conhecidos como Novo Feminismo. (2)
O Relatório Bebés E Empregadores. Como Conciliar Trabalho E Família, recentemente publicado pela OCDE analisa a relação entre taxas de fecundidade e trabalho de mulheres com filhos, e revela que os Países do Norte da Europa, principalmente a Dinamarca e a Islândia, seguidos pela Finlândia, França, Noruega e Suécia ocupam a posição cimeira. Fora da Europa os Estados Unidos e a Nova Zelândia aparecem em posição de destaque. A sua análise mostra que o trabalho da mulher fora do lar não é decisivo para a queda da natalidade.
No Verão passado, publicou-se em Espanha um interessantíssimo livro, Dueños De Nuestro Destino. Como Conciliar La Vida Professional, Familiar Y Personal (3) em que as autoras, Nuria Chinchila e Maruja Moragas defendem que o primeiro passo para conciliar aqueles três aspectos é “a nossa própria vontade para melhorar a realidade em que vivemos e nos convertermos em donos do nosso próprio destino”
“Conciliar com nós próprios”, conhecermo-nos bem é, na opinião das autoras, o alicerce da conciliação. Conseguí-lo permite-nos entender melhor a realidade, descobrir a nossa própria identidade, e construirmos o nosso futuro como seres livres e responsáveis que somos. E isto consegue-se com o esforço perseverante para sermos mais e melhores pessoas; com a formação contínua nos aspectos humanos, profissionais, culturais…religiosos que permitam superar as nossas incapacidades naturais e reorientar, se necessário, as motivações que nos levam a actuar e a decidir.
Ajuda preciosa é poder contar com o conselho de um amigo experiente e leal que nos possa ajudar a traçar, e a seguir, o melhor caminho para a nossa vida.
“Conciliar com a família”, célula básica da sociedade, onde se encontra uma diversidade e variedade temporal, de relações humanas, idades, estados de ânimo, profissões, alegrias e dores…e onde cada um é aceite e querido por aquilo que é, não por aquilo que produz. Por isso a Família é, como afirmam as autoras: “o ambiente idóneo para conseguir o crescimento equilibrado e desenvolver competências pessoais e profissionais para a posterior inserção laboral e social.”
Necessário é estabelecer uma hierarquia de prioridades nas relações familiares, na família nuclear e na relação com a família extensa, que respeitem os direitos-deveres de cada um dos seus membros de molde a evitar atropelos, confusões, conflitos, desentendimentos, problemas de consciência… tendo presente que, uma “emergência”, é sempre uma emergência.
“Conciliar família e trabalho”, porque trabalhar faz parte da natureza da pessoa humana e não é um estorvo. ”A missão específica da empresa como instituição é produzir riqueza e reparti-la de modo equitativo; mas não podemos esquecer que a missão genérica de qualquer organização humana é ajudar a crescer profissional e pessoalmente as pessoas que ali trabalham e facilitar que desenvolvam entre si relações de amizade.” Por isso, várias empresas de sucesso começam a desenvolver medidas que lhes façam merecer a qualificação de Empresa Familiarmente Responsável. Porque hoje começa a ser evidente que, “para conseguir verdadeiro progresso juntamente com o desenvolvimento da eficiência técnica é necessário incrementar a eficiência humana na sociedade” e que “para que ela funcione, todos somos responsáveis e comprometidos”.
(1) WILLIAM OUCHI, La Teoria Z. Como puedem las empresas hacer frente al desafio japonês, Fondo Educativo Interamericano, México, 1982
(2) Entre outras: Eva Herman (Alemanha) Harriet Hartman (Inglaterra) Ivonne Knibiehler (França) Inda Schaenen (USA) Marianne Siegenthaler (Suiça), Katherine Ellison.(USA), Mary Anne Glendon (USA) Janne Haaland Matlary (Noruega), Sue Shellenbarger (USA), Evelyne Sullerot (França)
(3) Instituto Superior de Estúdios de la Família, UIC, Barcelona, 2007
1 Comentário(s):
Excelente post! É isso mesmo.
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