18.4.07

Foi descoberto o túmulo de Jesus!

... há 2000 anos, na tarde de Sexta-feira Santa, próximo do Monte Calvário (Jerusalém), por José de Arimateia e Nicodemos! Desde então, tem sido um dos principais centros de peregrinação dos cristãos!
Alguém consegue explicar isto aos senhores da televisão?

9 Comentário(s):

Anonymous Anónimo escreveu...

Terá sido realmente assim? ... e porque razão José de Arimateia não terá ficado por lá? [em vez de fugir com o "Grall"]?
Bento XVI terá afirmado recentemente: "... o fosso entre o Jesus da história e o "Cristo" da fé cresce cada vez mais..." [quererá isto dizer alguma coisa?]
Desmistificar não será própriamente atribuir responsabilidades...
"Demo"

30 de abril de 2007 às 16:06  
Blogger Francisco Faure escreveu...

Boa DEMOnstração de cultura Brown...

No mínimo, dá para rir... Já agora, Bento XVI não diz mais nada?

1 de maio de 2007 às 11:47  
Anonymous Anónimo escreveu...

Caro Cipriano

Uma cultura que encoraja a busca do conhecimento tem tendência para tolerar um novo pensamento radical, aquilo que a igreja não tolera… ou seja, a igreja limita os crentes ás fronteiras estéreis de uma ignorância conveniente.

Perdoe-me a ignorância, nas não percebi qual a parte que “dá para rir”…

1] …se em relação á afirmação de Bento XVI …poderá ler o artigo intitulado “O segredo de Ratzinger”, publicado na página 118 do nº 736 da revista Visão, de 12 de Abril.

2] …ou se pelo facto de ter-me baseado em estudos sérios e isentos que permitam desmistificar o Cristianismo – esses mesmos estudos bastante comprometedores para a ideologia duma igreja, que tenta desesperadamente por todos os meios abafá-los –.

Sabemos ambos, que de acordo com as origens da Sta Inquisição, a supressão da verdade é considerada uma virtude para a aplicação da ortodoxia da igreja… como tal é natural que as suas limitações não ultrapassem os textos seleccionados por conveniência, de apenas quatro evangelhos, os canónicos… porque os outros, os apócrifos – em número bastante superior –, … até serão comprometedores, senão divergentes…
Quanto a José de Arimateia, não será o tal “abastado” amigo e companheiro de Jesus que terá partido com o “Cálice” da “Última Ceia” manchado com o sangue de Jesus (depois de retirado da cruz)?... ou será que ao contrário do que diz a igreja o significado do “Cálice” ou “Grall” será outro? [algo que a igreja desesperadamente refuta?]
Caro Cipriano, existem coisas que não devem ser consideradas literalmente… mesmo que ouvidas na igreja… porque a inocência é nas igrejas, um simulacro demasiado frequente da hipocrisia e não é preciso saber filosofia para perceber isso.
Fique bem… e já agora experimente alargar os seus horizontes literários…

1 de maio de 2007 às 13:54  
Blogger Francisco Faure escreveu...

Demo,

não posso tratá-lo por caro porque, como bem sabe, posso amar os meus inimigos mas não o Demo pois isso contrariaria toda a minha existência. Aqueles que, como o Demo (e agora não me vou refirir a si pessoalmente mas ao nome que usa)não só não amam a Deus como nos incentivam a deixar de O amar merecem um outro tipo de tratamento.

Mas como imagino que o "Demo" apenas se intitula de Demo por mera irreverência, respondo-lhe depois de ter lido com atenção o seu comentário. E respondo-lhe para que me clarifique porque não sei de onde surgiu tanta omnisciência.

1) como sabe quais são os meus horizontes literários? por acaso seremos nós amigos de tão longa data que conheça inclusivamente (e no mínimo) a minha área de formação académica para saber o que já li ou não?

2) se sim, acha que é um escritorzeco de meia tigela que, ao contar balelas sobre algo que mal conhece vai afectar a minha fé?

3) acha que é um programa de televisão que, fico contente por dizê-lo, amigos meus não crentes consideraram vergonhosamente mau, e repito, é um programa de TV que me vai colocar a pensar que Jesus de Nazaré, o Cristo, o Messias, o Filho de Deus que nasceu e morreu para nos salvar e libertar da mancha do pecado teve um "caso" com Maria Madalena e daí surgiu um (ou uma consoante as vontades) descendente que a Igreja tentou esconder de toda a humanidade?

3) acha que é um artigo da Visão que me vai alargar os horizontes, inclusivamente os literários? Confesso que ainda não tive tempo de ir a uma biblioteca pública consultar o artigo que me aconselha.

4) já encontrou algum artigo científico credível numa revista científica reputada (daquelas que obrigam os textos a ser revistos por um, dois ou três especialistas, sem que estes saibam sequer quem é o autor do artigo que estão a rever)a falar sobre esses tão famosos e alucinantes temas?

5) já procurou dentro dessas mesmas revistas ler com atenção os artigos que falam dos apócrifos? Por acaso perceberá o Demo assim tanto de linguas clássicas e outras o ponto de conseguir fazer uma análise heurística e hermenêutica aos textos originais? Eu confesso que não! Será o Demo especialista em aramaico, copta, grego e latim dos séculos I d. C. a III d. C.? Eu confesso que os meus conhecimentos não chegam tão longe!

6) já se deu pela conta que literatura não é história ou historiografia e que um romance histórico, ainda que escrito pelo melhor dos historiadores, deve ser cuidadosamente estudado para nele se conseguir distinguir aquilo que é conhecimento científico do que é somente... romance?

7) a que nível de discussão estamos, Demo? Se o livro de Dan Brown é um livro sério ou se há apócrifos de origem judaica com acrescentos cristãos? Se o Evangelho Segundo Jesus Cristo de Saramago é bonito ou os caracteres peculiares das versões latina e siríaca do Novo Testamento?

Caro Demo, há tanto para dizer sobre os escritos antigos, Bíblia incluída, que, como pode ver, não são a Visão e outras pretensas análises históricas que me vão fazer pensar que a Igreja é uma mentirosa! E, como vê, não cheguei à Santa Inquisição porque antes teria de passar por Sto Ireneu, S. Cipriano ou Sto Agostinho (sem querer entrar noutros)Mas sobre eles nem lhe perguntei nada porque ainda temos que discutir a datação cientificamente aceitável do ano 50 d. C. para o Evangelho de S. Mateus.

Se é crente, só lhe dou um conselho, se mo permite. Não lhe digo que leia, mas que reze... reze que é o mais importante e assim todas as suas dúvidas se dissiparão!

Com todo o amor que Jesus me mandou dar aos meus inimigos, um abraço sincero de um pobre profissional das ciências históricas.

3 de maio de 2007 às 21:57  
Anonymous Anónimo escreveu...

Caro Cipriano

Permita-me a teimosia de tratá-lo por “caro”, mas por uma questão de educação – e filosofia de vida –, não poderei considerá-lo “inimigo”, apenas pela divergência de ideologias, ideias ou ideais. Mesmo que não partilhe da opinião de que a fé não pode á força impor-se á razão, ou que use um qualquer nome…

Acreditar em Sócrates, quando defende a importância do reconhecimento da ignorância e do diálogo como forma de alcançar a verdade, leva-me a considerar muito seriamente o pensamento de Emmanuel Kant: “Se não tivermos a certeza absoluta de algo, então tenhamos a coragem suficiente para duvidar desse algo.”
Não sendo crente, considero a religião como uma tentativa de impormos a nossa visão sobre Deus a outra pessoa, e jamais aceitaria as contradições de uma ideologia suportada por “dogmas” que me obrigariam a confessar que sendo “Deus” perfeitamente bom, teria ainda assim criado um mundo que inclui dor, injustiça, fome e morte. Provavelmente Deus quisesse que em lugar da aceitação cega de um dogma, houvesse uma vida de procura… onde se eliminasse o que seria notoriamente falso e se
comprovasse o que daí remanescia.

Efectivamente não nos conhecemos, e concedendo-lhe o beneficio da dúvida, acredito que – apesar de deixar transparecer algum fundamentalismo exacerbado, próprio de uma atitude “autista” –, terá sido por mera distracção que tenha considerado como minha pretensão, fazer de um romance, o “evangelho” de uma qualquer doutrina… certamente não seria alicerçada em “inquestionáveis” dogmas teológicos.
Acredito que se sinta incomodado com a obra, provavelmente porque percebeu que seria mais fácil lançar a polémica sobre uma “relação” marital – e m que a maioria já acredita –, do que justificar, que o primeiro genocídio europeu teria sido mandatado pela “sua” igreja em nome do “seu Deus”. Se prestar atenção á leitura, o autor faz uma abordagem concisa e bastante objectiva da “Cruzada Albigense”.
Mais de cem mil Cátaros – ou pagãos, segundo a igreja –, terão sido eliminados pela “Sta. Inquisição”, apenas porque prestavam “culto” a Madalena – e não aceitavam intermediários no culto da sua fé … Esta terá sido a parte que – por influência e conveniência da igreja –, terá passado despercebida. Aliás, poucos associarão a “inquisição” ao romance…. Mas a mensagem está presente.

Quanto a leituras – e perdoe-me a ignorância –, ainda não percebi como é que consegue, com “exactidão” e “certezas”, garantir cerca de 2000 anos de história baseado em alguns textos – seleccionados, censurados, expurgados e revistos –, de apenas quatro evangelhos… Terá lido os apócrifos ou evidencia apenas, um “pensamento cativo”?

Pelas minhas leituras – [e terei recuado até onde diz: “…no início era o “caos”, uma informe e confusa massa, mero peso morto, contudo jaziam latentes as sementes das coisas…”, bastante antes do tempo em que Deus era “Mulher”] –, Ireneu, presbítero de Lyon (180dC) – aquele que com os seus seguidores se auto proclamou guardião da única fé verdadeira; o mentor dos [“pensadores correctos”] cristãos ortodoxos; o arquitecto da igreja [“universal”] católica, que refutava como heresias todas as outras concepções –, queixava-se da existência de bastantes mais evangelhos… que recentes descobertas – no Mar Morto e em Nag Hammadi –, vieram confirmar e esclarecer…
“Pistis Sophia” ou “O Trovão: Intelecto Perfeito” serão obras ao nível de “O Livro de Job” ou ao “Cântico dos Cânticos”… noutro estilo a “Divina Comédia”.
“Testemunho da Verdade” a vertente gnóstica ou antítese do “Génesis”.

Quanto á Bíblia – uma colectânea de textos seleccionados por conveniência –, poderemos começar pelo poderoso arcebispo Atanásio de Alexandria – o mesmo que ordenou a purga de todos os livros apócrifos –, e que em 367d.C. compilou uma lista de obras – ratificada em 393 d.C pelo Sínodo da Igreja em Hippo e novamente quatro anos mais tarde pelo Sínodo de Cartago –, do que viria a ser a Bíblia.
Poderemos falar também do fragmento em falta no Evangelho de Marcos – que teria sido propositadamente suprimido –, descoberto em 1958 pelo professor Morton Smith da Universidade de Columbia, num mosteiro perto de Jerusalém.
Ou se preferir poderemos comentar sobre a carta descoberta junto desse mesmo fragmento, endereçada pelo Bispo Clemente de Alexandria a um tal de Teodoro, cujo conteúdo fascinou a comunidade científica pela sua filosofia: “Se o nosso oponente por acaso disser a verdade, devemos negá-la e mentir para o refutar.”
Mas se preferir, poderemos começar pelo Concílio de Niceia onde a burocracia da igreja estaria mais preocupada com a sobrevivência da instituição do que com a fé e as almas dos crentes…e onde a teologia terá sido escrita sob o toque aguçado da espada.

Poderemos “discutir” também o Jesus da história, assim como o Cristo da fé. O rei dos judeus ou o filho do carpinteiro. Bem como todo o esoterismo e misticismo envolvente.
Poderemos também reflectir sobre as vertentes filosóficas á interpretação da frase cuja autoria é atribuída a Jesus: [“…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará…”]

Caro Cipriano, quanto aos seus ideais, concepções e opções… eu não acho, nem quero achar nada… são um problema seu, são a sua cruz. A única coisa que pretendo – como céptico, indiferente e não praticante –, é alguma lealdade nas interpretações…
Toda a literatura é feita de verdades e de mentiras, separá-las é como tentar dividir a água quente da fria… mas conhecermos as várias tendências é adquirirmos ainda mais conhecimento.

Permita-me apenas terminar com um “fragmento” gnóstico que apesar de ter sido “elaborado” á mais de 2000 anos, continuará actualizado:

Aqueles que se limitam a acreditar na pregação que ouvem, sem se colocarem questões, e aceitam o culto que lhes é apresentado, não apenas se mantêm eles próprios ignorantes mas, “caso encontrem alguém que sinta dúvidas sobre a sua salvação”, agem imediatamente de forma a censurá-lo e silenciá-lo.

Sinceramente
disponível em disponibilidade

Publicarei este comentário no meu blog, sob o titulo: "Carta a um desconhecido"

5 de maio de 2007 às 22:53  
Anonymous Anónimo escreveu...

Senti-me tentado a meter-me na discussão. Até escrevi um comentário, provocatório mas amistoso a "Demo".

Antes de publicar, porém, fui dar uma vista de olhos ao seu blog.

Desisti de escrever, mas fica aqui a promessa de orações.

8 de maio de 2007 às 09:55  
Blogger Francisco Faure escreveu...

Caro Demo,

com muita pena minha não lhe posso dedicar a atenção que desejava. Vejo que é uma pessoa preocupada com estes temas, mas encontro-me assoberbado de trabalho e, como tal, pouco tempo me sobra para aqui vir.

Deixe-me só fazer-lhe dois comentários rápidos.

Em primeiro lugar, a religião não é a minha cruz, como afirma. A cruz é a minha salvação! Pelo contrário, acho é que a minha religião lhe causa uma dor tão grande que se vê obrigado a viver nesse mundo obcecado da dúvida, de onde nada pode saír senão uma cada vez maior dificuldade em acreditarmos em Deus e, consequentemente, em nós mesmos.

Ora, nós católicos não vivemos assim. Como dizia Guitton, nós não procuramos a Verdade porque temos o conhecimento da Verdade ensinado pelo próprio Autor da Verdade.
Haverá algum gnóstico que possa suportar isto? Claro que não... A Verdade é só uma, Deus! E o Seu Filho disse ser "o Caminho, a Verdade e a Vida". (perdoe-me a falta de citação correcta mas não tenho os textos originais comigo)

Mas isto é uma questão de fé, ou seja, de fidelidade à Verdade. Isso é a essência da Fé - a fidelidade - e não a crendice pura e simples que tentam atirar-nos à cara todos aqueles que são incapazes de ser fiéis à Verdade.

Talvez eu tivesse demasiada esperança em que apanhasse o meu isco, mas não consegui. E ainda bem, porque neste momento não posso munir-me da bibliografia correcta para lhe responder. Até porque quando faço citações, principalmente de textos antigos, gosto de apresentar a fonte, tradutor incluído. (Recordo as velhas discussões sobre quais as melhores traduções de Plínio, Avieno, da Bíblia, etc... Bons tempos).

Tenho apenas, portanto, duas perguntas a colocar-lhe:

1 - quais as fontes que usa? Serão por acaso as editadas pela Harper & Brother e dirigidas James Robinson (isto no caso das de Nag Hammadi)?

2 - Quais os critérios hermenêuticos que preconiza para afirmar uma superioridade dos textos gnósticos face aos outros? É que, como compreenderá, para dizer que uns são uma falácia criada por uma hierarquia eclesiástica sequiosa de poder e domínio, terá, obviamente, de me dizer porque razão acha os outros correctos. Se o argumento histórico da anterioridade dos escritos cristãos (aceites pelo magistério) face aos gnósticos não é em si mesmo suficiente, qual é o seu critério: "Linguístico?"; "Hermenêutico?"; "Vamos chatear os outros?"

Na verdade, Demo, escolheu a via mais fácil. Não me disse quais eram as suas fontes e acabou por se colocar na posição de fazer perguntas. A saída mais airosa para quem não pode responder perante a evidência. Já lhe citei um dos que li... Quais foram os seus? Os Brown's, os Archer's, todos esses fomentadores de dúvida em mentes pobres?

E termino reportando-me para o texto que coloco de seguida num novo post.

Fico à espera de novidades,

Cipriano

10 de maio de 2007 às 22:48  
Blogger Francisco Faure escreveu...

Já agora, Anónimo,

comente, não se prenda com as respostas de uns ou de outros. Quantos mais a conversar, melhor.

E agradeço as orações! São sempre bem vindas!

10 de maio de 2007 às 22:52  
Anonymous Anónimo escreveu...

O QUE FOI ENCONTRADO PELO JAMES CAMERON NA VERDADE NÃO IMPORTA POIS MESMO QUE O QUE ELE ESTEJA A AFIRMAR SEJA VERDADE, EU PENSO QUE ISSO SEJA IRRELEVANTE PORQUE, MESMO QUE JESUS TIVESSE SIDO CASADO OU NÃO, OU ATÉ MESMO QUE O TUMULO SEJA REALMENTE O DELE ISSO NÃO FAZ COM QUE DEIXEMOS DE ACREDITAR,SIMPLESMENTE MUDA O RUMO DA HISTÓRIA.
E TALVEZ NEM A IGREJA ESTIVESSE A PAR DESTA PARTE DA NOSSA HISTÓRIA, POIS CADA VEZ APRENDEMOS MAIS E DESCOBRIMOS COISAS DIFERENTES, MAS QUE NÃO DEVEMOS TEMER NEM PROVOCAR DESENTENDIMENTOS POR CAUSA DE LACUNAS SOBRE A NOSSA HISTÓRIA, EU ACHO BOM QUE SE REPONHA COISAS EM CAUSA, ISSO NÃO FAZ DE NÓS TRAIDORES MAS SIM CURIOSOS.

4 de junho de 2007 às 18:41  

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