23.2.05

País Proletário

Freitas do Amaral (o mesmo que agora se apresenta como provável ministro do governo da esquerda) contou numa ocasião uma história interessante: Franco passeava com um dos seus ministros quando lhe disse: “Pensa que o grande monumento que deixo à Espanha é o Vale dos Caídos? Pois engana-se: o meu legado é a classe média! Será ela que permitirá a transição pacífica da Espanha para a democracia!”
Num texto académico da semana passada contava este episódio, e terminava pensando nos riscos da proletarização da classe média portuguesa! Os meus piores temores confirmaram-se no passado Domingo, quando, ao mesmo tempo que 45% dos portugueses davam a maioria absoluta a um partido de esquerda, sobram ainda 15% para votar na extrema-esquerda.
Significa que, afinal, temos um país proletário, sem dinheiro no bolso e que, pouco instruído, acorre a qualquer lenga-lenga baratinha de quem promete subsídios, abolição das propinas, auto-estradas gratuitas, fim de taxas moderadoras nos hospitais, etc. Nem se dão conta de que estão a votar nos mesmos que defendem a tributação crescente das poupanças, os impostos ainda mais progressivos, o engrossar do Estado com consequente aumento de impostos… São proletários: sem dinheiro e desqualificados, presas de qualquer populismo… de esquerda ou de direita!

1 Comentário(s):

Anonymous Anónimo escreveu...

Acrescente-se isso ao perigo que corre a economia de mercado, a democracia, a liberdade religiosa, a União Europeia e a NATO... e até a nossa própria segurança!! (Lembro que Miguel Portas sugeriu POLÍCIAS SEM ARMAS!)

25 de fevereiro de 2005 às 15:34  

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