15.4.09

Despropósito a propósito de um comentário ao IRS

É curiosa a referência ao "mecenato social" no comentário de RGG à desilusão de Pedro F. sobre o seu IRS.

Falava uma vez com o director de uma instituição de estudos superiores de empresas sobre mecenas para restauro de peças de museu... a sua resposta foi curiosa: mas alguém tem interesse nisso?


Ainda que os retornos em IRC possam chegar aos 130%, não deixa de ser estranho que tão pouco mecenato exista em Portugal!

7.4.09

IRS

É isto todos os anos:

- como não necessitei de ir a hospitais...
- como não beneficiei de comparticipações nos medicamentos...
- como não frequentei nenhuma escola...
- como não tenho dependentes a meu cargo em nenhuma das situações descritas...
- como declaro ao Estado todos os meus rendimentos...

... toca a pagar mais uma batelada de IRS! Chego a pensar que mais me vale uma doença daquelas que eximem do pagamento de impostos!

Simultaneamente, é engraçado que o livro de história dos meus alunos diz que era terrível a carga fiscal exigida pelos senhores da Idade Média. Pois eu, na nossa sociedade livre dos atavismos medievais, se juntar ao IRS e às comparticipações obrigatórias o IVA e o ISP, creio que estou pior que qualquer jornaleiro do século XIV.

3.4.09

Alguém com juízo

Um tribunal do Malawi achou que Madonna não era idónea para adoptar uma criança do país.

1.4.09

O Programa ABC

Não deixa de ser patológica a obsessão pela defesa do preservativo. É este um estranho comportamento porque se sabe que o preservativo é falível como método de contracepção e, consequentemente, mais riscos corre quem o usa como protecção contra a Sida cujo vírus é 500 vezes menor do que o espermatozóide. Além disso não protege de outras doenças sexualmente transmissíveis como o papiloma humano cujo contágio se faz pelo contacto pele-pele…

Desde há 15 anos que no Haiti, Guiana, Vietname e em países africanos, especialmente no Uganda onde a experiência foi iniciada, a Sida está a ser debelada com assinalável êxito pelo Programa ABC: Abstinence, Be Faithful, Condon (Abstinência, Fidelidade, Preservativo).

Esta realidade mostra que debelar a pandemia da Sida e de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, mais do que a distribuição de preservativos, envolve a promoção de outro tipo de comportamentos, “politicamente incorrectos” porque lesivos de grandes interesses ideológicos e económicos internacionais promotores do “sexo seguro” mas, certamente, mais eficazes.

Entre as acções possíveis podem salientar-se:
Educar para uma sexualidade responsável que permita entender que o outro é um dom e não um descartável para usar e deitar fora;
Desenvolver políticas que evitem uma actividade sexual precoce dado que, na adolescência, a capacidade genital não anda associada a equivalente maturidade psíquica;
Promover a Família, a fidelidade conjugal e a relação monogâmica estável entre parceiros não infectados;
Ir contra-corrente de interesses ideológicos e económicos que pretendem fazer crer que o adolescente e o adulto têm de comportar-se como animais determinados pelo instinto cego e não como pessoas humanas capazes de ter afectos, de raciocinar, de respeitar a própria intimidade e a alheia, de agir como seres livres e responsáveis.
Deixar de promover paliativos como se de remédios mágicos e absolutos se tratasse. O preservativo pode ser um recurso falível para situações extraordinárias de comportamento sexual permissivo, mas nunca a solução segura para a sexualidade irresponsável e promíscua.
Dar corpo a políticas educativas, sociais, económicas, de saúde pública que erradiquem, cada vez mais, a pobreza material e espiritual responsável por comportamentos desvirtuados;
Assumir que a resposta à pandemia da sida tem de ser multidimensional não podendo, consequentemente, reduzir-se à publicitação do uso e oferta de preservativos com enorme custo para o erário público;
Aceitar, sem complexos, que a vivência de conceitos morais nas relações sexuais, ajudam a diminuir a infecção, e não são uma intromissão abusiva da Moral na Saúde Pública. São, pelo contrário, um valor acrescentado e um bom recurso sanitário;
Consciencializar que promover, sem um esclarecimento sério dos riscos de contágio, o preservativo como panaceia universal para a sexualidade desregrada, é, salvo melhor opinião, o mesmo que promover a roleta russa. É esta, um jogo que consiste em introduzir uma bala na câmara de um revólver, rodar o tambor e apertar o gatilho apontando à própria cabeça. Se pensarmos que o preservativo apresenta um risco de cerca de 20%, numa relação com pessoa infectada e a compararmos com o risco que corre quem joga a roleta russa, a probabilidade de morrer como consequência do acto é, objectivamente, a mesma.

Alguns Tópicos De Educação Familiar

Ter ideias claras sobre a educação a dar aos filhos de modo que venham a ser, no futuro, homens e mulheres íntegros, capazes de enfrentar com espírito aberto as situações que a vida lhes depare servindo os seus semelhantes por amor e dominando as coisas pelo saber.
É mais importante dar atenção à formação moral dos filhos do que à carreira de sucesso que não sabem se irá acontecer

Aproveitar, para alcançar aquele objectivo, os Instintos-Guia, os Períodos Sensíveis que ocorrem nos primeiros 12 anos de vida, e o desenvolvimento das Virtudes Humanas ao longo da infância e da adolescência.

Viver com coerência de princípios e exemplo de luta interior, com unidade de vida, para resolver, de acordo com os ideais que defendem, os problemas que a vida lhes depare.

Ter presente que a participação activa do pai na educação dos seus filhos, sem delegar na mãe aquilo que por mútuo acordo e especificidade lhe cabe realizar, é fundamental para que filhos e filhas interiorizem, compreendam, assumam e valorizem a sua própria identidade sexual e o contributo pessoal que cada um, cada uma, pode dar à família e à sociedade em que está inserido.

Desenvolver nos filhos uma rebeldia educativa em função dos valores perenes, próprios dos homens e mulheres de todas as épocas, não sentindo necessidade de os proteger exageradamente dos muitos perigos que ameaçam a felicidade terrena e eterna dos seus filhos.

Transmitir com clareza os critérios que marcam a linha de fronteira entre o Bem e o Mal.
O fundamento desses critérios pode consubstanciar-se, caso a caso, com o seu acordo ou desacordo com a Lei de Deus para os crentes e com a Lei Natural para todos os homens.

Manter uma constante comunicação com os filhos, com todos e com cada um individualmente. Periodicamente dar tempo a cada um deles para conhecer bem os seus anseios e dificuldades, a situação de estudo/trabalho: ambiente de trabalho, colegas, amigos, dificuldades e êxitos, definir metas e os meios necessários para os alcançar, verificar ritmos e adaptá-los quando necessário, animar, premiar e castigar…
Falar da história da família porque quem não tem raízes não sabe as suas origens e, consequentemente, não sabe se deve prosseguir ou corrigir o rumo… Também se aprende com os erros e fracassos que devem ser encarados como estrume que se enterra para produzir melhores e abundantes frutos.

Controlar a televisão e o computador. Ambos devem estar em zonas comuns da casa. Sente-se hoje a necessidade de promover e frequentar cursos básicos de informática para pais e avós.
Fomentar a vida de oração na família e a confiança na Providência Divina tendo consciência de que “Família que reza unida permanece unida” (João Paulo II)

Actuar em sintonia, de comum acordo, sem que o pai ou a mãe se desautorizem um ao outro. Se perante uma actuação do cônjuge o outro não está de acordo, salvo num caso de extrema gravidade não deve intervir. Oportunamente, longe da vista e dos ouvidos dos filhos, podem e devem analisar o caso, rectificar. prever, debater e clarificar actuações futuras.

Respeitar e valorizar o cônjuge na sua pessoa, no seu trabalho, nos seus comportamentos e altitudes… O cônjuge é aquela pessoa sem a qual os filhos do casal não existiriam. Com outros pais seriam outras pessoas, não eles próprios. Por isso qualquer filho escolheria, naturalmente, os seus próprios pais

Ver os filhos como seres capazes de amadurecimento pessoal.

Viver as convicções religiosas com seriedade. Ocupar-se da formação moral e religiosa dos seus filhos. “A tarefa educativa consiste, principalmente, em ajudar os jovens a encontrar o Deus verdadeiro para que, levados pela graça, se enamorem d`Ele. E, assim, tornarão o mundo mais humano” (Jutta Burgraff)