30.7.05

Férias de um trabalhador-estudante... (reedição de um clássico)

O que elas pedem:

O que elas dão:

Por mais trabalho que haja, férias são sempre férias. Por isso, vou trocar a janela que já aqui apresentei por outras janelas e pelo ruído das ondas, folheando outros livros...

Pela minha parte calculo que durante os próximos vinte e tal dias este blog ande ainda mais calmo do que tem andado! Talvez apareça num dia destes!

29.7.05

Alexis de Tocqueville - Bicentenaire

Je me suis souvent demandé où est la source de cette passion de la liberté politique qui, dans tous les temps, a fait faire aux hommes les plus grandes choses que l'humanité ait accomplies, dans quels sentiments elle s'enracine et se nourrit. [...]
Ce qui, dans tous les temps, lui a attaché si fortement le cœur de certains hommes, ce sont ses attraits mêmes, son charme propre, indépendant de ses bienfaits ; c'est le plaisir de pouvoir parler, agir, respirer sans contrainte, sous le seul ouvernement de Dieu et des lois. Qui cherche dans la liberté autre chose qu'elle-même est fait pour servir.
Certains peuples la poursuivent obstinément à travers toutes sortes de périls et de misères. Ce ne sont pas les biens matériels qu'elle leur donne que ceux-ci aiment lors en elle; ils la considèrent elle-même comme un bien si précieux et si écessaire qu'aucun autre ne pourrait les consoler de sa perte et qu'ils se consolent de tout en la goûtant. D'autres se fatiguent d'elle au milieu de leurs prospérités; ils se la laissent arracher des mains sans résistance de peur de compromettre par un effort ce même bien-être qu'ils lui doivent. Que manque-t-il à ceux-là pour rester libres? Quoi? le goût même de l'être. Ne me demandez pas d'analyser ce goût sublime, il faut l'éprouver. Il entre de lui-même dans les grands cœurs que Dieu a préparés pour le recevoir; il les remplit, il les enflamme. On doit renoncer à le faire comprendre aux âmes médiocres qui ne l'ont jamais ressenti.
(Alexis de Tocqueville, L'Ancien Régime et la Révolution, III, 3, 1856)

28.7.05

Palavras de D. Quixote a Sancho Pança

Hoje é o dia mais formoso da nossa vida, querido Sancho...
Os maiores obstáculos , as nossas próprias indecisões...
O nosso mais forte inimigo, o medo ao poderoso e a nós mesmos...
A coisa mais fácil, equivocarmo-nos...
A mais destrutiva, a mentira e o egoísmo...
A pior derrota, o desalento...
Os defeitos mais perigrosos, a soberba e o rancor...
As sensações mais gratificantes, a boa conciência, o esforço para ser melhores sem ser perfeitos,
E, sobretudo, a disposição para fazer o bem e combater a injustiça onde quer que esteja.

Fragmento de Don Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes Saavedra

27.7.05

And the Oscar goes to...

... Juliana! É a segunda pessoa que mais escreve neste blog!
(Vergonha para o Sebastião e para o Max...)

26.7.05

A História não se repete?

Mario Vargas Llosa (…) lançou um emocionado apelo aos liberais e democratas da Europa e dos EUA para apoiarem os que, na América Latina, se opõem à vaga populista em ascensão.

A verdade é que o apelo de Vargas Llosa não teve grande impacto na Europa. Uma boa parte das elites europeias continua a ignorar as consequências da retórica contra o “neoliberalismo”, a globalização e a América. A amarga ironia deste discurso ideológico é que o desemprego desce na chamada “América neoliberal”, enquanto continua a subir na chamada “Europa Social” – para já não falar do desastre que ameaça a América Latina. Quem disse que a história não se repete?

(João Carlos Espada, A História não se repete, in Expresso, 23.07.2005)

23.7.05

Fim-de-Semana:

O que ele pede:

O que ele dá:

22.7.05

Um post à Xanelcinco

Depois das perplexidades do post anterior, decidi relaxar visitando o hotel de charme de Gleneagles, onde se realizou a cimeira do G8. Não percam a visita ao site!
Bem escolhido, Sr. Blair!

Que Seca! (II)

O Sebastião é um homem honesto e, apesar de discordar em grande medida do liberalismo do meu post sobre a seca, chamou-me a atenção para um relatório da OCDE e da FAO acerca das perspectivas agrícolas para 2005-2014. No resumo do relatório que me enviou destaca-se a já conhecida ideia de que as políticas de proteccionismo agrícola dos países desenvolvidos têm sido um importante factor de atraso para o desenvolvimento dos restantes países.
Há dois aspectos que não deixam de causar uma certa perplexidade: por um lado, como conciliar os discursos inter-governamentais de preocupação com a África a que assistimos em Gleneagles com o discurso interno sobre os subsídios à agricultura? Por outro lado, como conciliar o apoio às iniciativas drop the debt e, ao mesmo tempo, vir para a rua com os bovés partir as montras do livre comércio?
Según cálculos del Banco Mundial, si se eliminaran los subsidios al azúcar, se crearían casi un millón de puestos de trabajo en los paises en desenvolvimiento y a los ciudadanos de la UE les saldría un 40% más barato endulzar el café.

Lugares Comuns

Que noticiar quando não há nada a dizer? Esta é a questão que devia ser colocada a um número significativo de jornalistas que nos têm bombardeado diariamente com directos e reportagens sobre os incêndios.
Os incêndios esta semana podiam não ser reais. O jornalista coloca-se em frente a uma imagem de árvores a arder e, pegando no guião, começa a discorrer: o incêndio que lavra incontrolável no concelho de X deflagrou às Y horas e está a ser combatido por N bombeiros e por numerosos populares desesperados por verem o fogo a consumir, em segundos, os poucos bens que possuíam, etc. etc etc.
A informação sobre incêndios num telejornal deveria resumir-se a um máximo de cinco minutos: apresentava-se um mapa do país indicando os focos activos, a área ardida, as perspectivas para as horas seguintes. Situações verdadeiramente relevantes seriam, então, devidamente assinaladas, de preferência sem entrevistas em directo a velhas histéricas conduzidas por jornalistas no mesmo grau de histeria.
Será muita exigência pedir objectividade em vez de lugares comuns?

18.7.05

Este andará a ler Platão?

(...) temos que assumir, entre todos nós, que os filhos são biologicamente nossos, mas socialmente de toda a comunidade.
(Albino Almeida, presidente da CONFAP - Confederação Nacional de Associações de Pais,
no programa Tudo em Família, Canal 2, 30.06.2005)

17.7.05

Que Seca!

Perante a situação de seca que atravessamos, toda a gente olha para o Estado como uma espécie de companhia de seguros dos agricultores. Toda a gente, desde o transeunte apanhado de surpresa pela repórter até ao senhor Ministro da Agricultura!
A agricultura é um investimento: em alguns anos corre bem, noutros menos bem! Só que tantos anos de "apoios" já fizeram com que os agricultores se esquecessem de que a sua função não é recolher talões de subsídio na Direcção Regional da Agricultura da sua área de residência, mas pôr a terra a render!
Eu ainda entendo apoios para a pecuária (se bem que preferia seguros em vez de subsídios). Agora: não entendo porque é que um agricultor vai receber se a terra não produziu! Imaginem que o governo anunciava apoios à banca devido às crises nos mercados causadas pelo terrorismo?
O Estado não é o pai-de-todos: boas leis, justiça e segurança, eis o que o devia preocupar! Se isso acontecesse, não só o défice seria bem menor, mas também não se assistiria ao desgaste de governos que se torna inevitável quando a utopia chega ao ponto de pretender controlar o clima!

Onde é que isto vai parar VIII - O aborto é a principal causa de morte em Espanha

Um relatório publicado pelo Instituto de Política Familiar (uma associação espanhola de estudos sobre os assuntos da família) revela dados assutadores: o aborto é a maior causa de morte em Espanha. Com os dados do relatório foi possível construir o seguinte gráfico, representando as causas de morte em Espanha no ano de 2001, em que o número de abortos foi ligeiramente inferior a 70.000.

No ano de 2004 realizaram-se mais de 77.000 abortos "legais" em Espanha.

10.7.05

Para o fim do fim-de-semana!

Faltava o Friedrich deste fim-de-semana:
(Caspar Fridreich, Das große Gehege bei Dresden)

Dois pesos, duas medidas...

Perante as gaffes de Bush cai o Carmo e a Trindade! Mas, quando Chirac graceja com os ingleses, dizendo que la seule chose qu'ils ont faite pour l'agriculture européenne, c'est la vache folle ou on ne peut pas faire confiance à des gens qui ont une cuisine aussi mauvaise, é tratado como um presidente espirituoso.

7.7.05

Londres, 7.VII.2005

We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender, and even if, which I do not for a moment believe, this Island or a large part of it were subjugated and starving, then our Empire beyond the seas, armed and guarded by the British Fleet, would carry on the struggle, until, in God's good time, the New World, with all its power and might, steps forth to the rescue and the liberation of the old.

(Sir Winston Churchill, From a speech in the House of Commons on June 4, 1940)

4.7.05

4 de Julho


We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.--That to secure these rights, governments are instituted among Men, deriving their just powers from the consent of the governed, --That whenever any Form of Government becomes destructive of these ends, it is the Right of the People to alter or to abolish it, and to institute new Government, laying its foundation on such principles and organizing its powers in such form, as to them shall seem most likely to effect their Safety and Happiness.

(The unanimous Declaration of the thirteen united States of America, 4/07/1776)

3.7.05

Harry Potter (II)

Ainda a propósito deste post, recordo umas palaras de C. S. Lewis:

A fantasia admitida é precisamente o tipo de literatura que nunca consegue iludir ninguém. As crianças não se deixam iludir pelos contos de fadas, mas são frequente e gravemente iludidas pelas histórias que ouvem na escola.

(C. S. Lewis, A Experiência de Ler, Porto Editora, 2003. P. 96.)

2.7.05

Encerrado para fim-de-semana