31.5.05
Educação e Ciência de Pacotilha
Ficámos a saber que quem defende que a masturbação, homossexualidade e promiscuidade não são coisas boas, ou que a relação sexual deve ser dentro do casamento, é "ultraconservador".
(João César das Neves, Educação e Ciência de Pacotilha, DN, 30.V.2005)
30.5.05
Revisionismo (outra vez)
O Bloco e os referendos
Non
29.5.05
A Banda II
Mas para meu desencanto o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar depois que a banda passou
Revisionismo (II)
Onde é que isto vai parar VII – Clonagem
28.5.05
Porque falha o sistema educativo?
Para o autor, esse mecanismo é o mercado! Já Milton Friedman, dentro desta mesma lógica, destacara algo óbvio: a prova de que a educação está estagnada é a comparação entre o desenvolvimento de tecnologia na generalidade dos sectores da vida social (a indústria, os serviços, as diversões, etc.) e o estado primitivo das tecnologias na sala de aula. Recordo, a propósito disto, que ainda há cerca de 5 anos, professores da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa davam uma aula sobre novas tecnologias nas aulas: cassete audio, vídeo, retroprojector e episcópio...Our school system is not falling short academically because of the people who staff it or the curricula they teach. It is not falling short due to lack of funds or good ideas. It is falling short academically because it lacks a mechanism that consistently promotes, identifies, perpetuates and disseminates good ideas.Andrew J. Coulson, With Clear Eyes, Sincere Hearts and Open Minds, Mackinac Center for Public Policy, 07.2002)
27.5.05
Células Estaminais Embrionárias
26.5.05
Dois números...
Às vezes, valia a pena pensar nisto...
"Corpo de Deus"
(Banquete Eucarístico, séc. III, catacumbas de S. Calisto, Roma)
Na realidade, [a Eucaristia] é um modo de ser que passa de Jesus para o cristão e, através do seu testemunho, tende a irradiar-se na sociedade e na cultura. Para que isso aconteça, é necessário que cada fiel assimile, na meditação pessoal e comunitária, os valores que a Eucaristia exprime, as atitudes que ela inspira, os propósitos de vida que suscita. Como não ver nisto o mandato especial que poderia brotar do Ano da Eucaristia?(João Paulo II, Mane Nobiscum Domine, n.º 25, 7.X.2004)
25.5.05
Revisionismo?
Era um homem de esquerda, [...] Mas Maio de 68 surpreende-o como reitor em Nanterre e foi nessa altura alvo de vexames inqualificáveis e de crueldades que de esquerda nada tinham. De qualquer modo, o episódio traumatizou-o profundamente.
(Eduardo Prado Coelho, in Público, 24.05.2005)
Ontem, Hoje e Amanhã...
Não vejo esperança para o futuro do nosso povo,
se ele depender da frívola mocidade de hoje,
pois todos os jovens são indizivelmente frívolos.
Quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos
e a respeitar os mais velhos,
mas os rapazes de hoje são excessivamente sabidos
e não toleram restrições.Hesíodo
24.5.05
A Banda
Estava à toa na vida,
o meu amor me chamou
Prá ver a banda passar
cantando coisas de amorA minha gente sofrida
despediu-se da dor
Prá ver a banda passar
cantando coisas de amorO homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas
Parou para ver, ouvir e dar passagemA moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Prá ver a banda passar cantando coisas de amorO velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço prá sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que banda tocava prá elaA marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida, surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Prá ver a banda passar cantando coisas de amorMas para meu desencanto o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar depois que a banda passou
E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor
Depois da banda passar cantando coisas de amor
22.5.05
21.5.05
Curiosidade
Paul Ricoeur
Onde é que isto vai parar (VI) - Células Estaminais Embrionárias
20.5.05
Onde é que isto vai parar? (V)
19.5.05
British NO vs NON Français
The British No campaign urges opposition to the constitution because it threatens too much central control. The French are voting Non in such large numbers because they fear the exact opposite — a weakening of the command state.(Peter Osborne, Spectator, 21.05.2005)
Pensamento
Certamente que, Aquele que nos criou com uma inteligência tão grande (...) não nos deu tal faculdade (...) para que cheirasse a mofo por falta de uso.
16.5.05
"Educação" Sexual?
2- Aumento da actividade sexual no sector adolescente da população.
3- Aumento da proporção de gravidezes nas adolescentes não casadas.
4- O número de gravidezes nas adolescentes continua a ser elevado.
5- Aumento do número de abortos provocados nas adolescentes.
6- Aumento das Infecções de Transmissão Sexual.
15.5.05
Sida e Família
A strong and supportive family is one of the first lines of defence against HIV/AIDS.(Kofi Annan, Message on the International Day of Families, 15.05.2005)
14.5.05
Incomodam os Crucifixos II
O do respeito pelo direito à vida e dignidade de cada pessoa humana, desde a concepção até à morte e dos outros direitos humanos;
O da rebeldia educativa, que permita redescobrir e tornar vida os valores próprios da natureza humana fomentando uma educação da cidadania para a solidariedade com vista ao bem comum;
O da família e da complementaridade homem-mulher, que torne possível na sociedade e no tra-balho mais mulheres-mães e no lar mais homens-pais;
O do ambiente, que torne possível um domínio sábio do homem sobre a natureza;
O do desarmamento, que passa pela redução da venda de armas aos países pobres, o termo dos conflitos e a consolidação da paz;
O do respeito pelo Direito e Convenções Internacionais…
13.5.05
12.5.05
Cruzes, Credo!
Não sei o que pensa a Associação República e Laicidade da ostentação de cruzes que acompanha tantos eventos internacionais. Como exemplo apresentam-se as bandeiras de sete países da União Europeia, uma das quais (a do retórgardo e autoritário Reino Unido) ostenta não uma, mas três cruzes! A prórpia bandeira da união parece estar ligada às doze estrelas que coroam as imagens de Nossa Senhora da Conceição!!!
E o escudo da bandeira nacional? Escudetes em forma de cruz, referências às cinco chagas de Cristo ou às moedas de prata de Judas? Não deveremos mudar a bandeira?
Incomodam os Crucifixos
“A Santa Sé e a República Portuguesa, afirmando que a Igreja Católica e o Estado são, cada um na própria ordem, autónomos e independentes;considerando as profundas relações históricas entre a Igreja Católica e Portugal e tendo em vista as mútuas responsabilidades que os vinculam, no âmbito da liberdade religiosa, ao serviço em prol do bem comum e ao empenho na construção de uma sociedade que promova a dignidade da pessoa humana, a justiça e a paz;Artigo 11. A República Portuguesa e a Santa Sé declaram o empenho do Estado e da Igreja Católica na cooperação para a promoção da dignidade da pessoa humana, da justiça e da paz.Artigo 21. A República Portuguesa reconhece à Igreja Católica o direito de exercer a sua missão apostólica e garante o exercício público e livre das suas actividades, nomeadamente as de culto, magistério e ministério, bem como a jurisdição em matéria eclesiástica.(…)4. É reconhecida à Igreja Católica, aos seus fiéis e às pessoas jurídicas que se constituam nos termos do direito canónico a liberdade religiosa, nomeadamente nos domínios da consciência, culto, reunião, associação, expressão pública, ensino e acção caritativa.”(Concordata de 18 de Maio de 2004)
6.5.05
"Eles mentem, eles perdem"?
4.5.05
Ditadura do Relativismo II
O relativismo está a destruir o Ocidente, porque prega a equivalência de todos os padrões morais, impedindo a discussão sobre os padrões. (...) Na verdade, estamos submetidos a uma ditadura dos ‘media’ politicamente correctos: se alguém fala em moral, para nem dizer em religião, acusam-no de fundamentalista e extremista, e ele é obrigado a calar-se. É acusado de fundamentalista evangélico, mas, na verdade, o que hoje temos são secularistas evangélicos que proíbem a discussão da moral e da religião na praça pública.
(J. Carlos Espada, Expresso 30/04/005)
3.5.05
Ratzinger, a Igreja e a pena de morte
Quando a pena de morte é legal, o que se faz é condenar um indivíduo que cometeu um delito comprovado de extrema gravidade, e que, além disso, constitui um perigo para a paz social; isto é: castiga-se um culpado. No aborto, pelo contrário, aplica-se a pena de morte a um inocente.(O Sal da Terra, tradução minha da edição castelhana, p. 220)
A partir daqui surgiu a ideia peregrina de que o Papa é a favor da pena de morte! Esqueceram-se muitos comentadores do contexto (oh, esse chato que tem o poder de destruir qualquer argumento). Ora, o contexto em que surge a frase era a resposta a uma questão. E a questão não era (como tantos terão pensado): o que acha da pena de morte? Ou: deve admitir-se a pena de morte? A questão era saber porque razão a Igreja condena o aborto e tolera a pena de morte. Ratzinger começou a responder ao que lhe foi pedido afirmando que são duas coisas totalmente diferentes, que não admitem comparação. Logo, a discussão deveria morrer aqui! Mas alguns insistiram em comparar (citando Caetano Veloso: Tanto espírito no feto e nenhum no marginal).
Antes de prosseguir só gostava de levantar uma questão: estarão os críticos do Papa dispostos a levar até ao fim a sua crítica? Isto é: se a lógica anti-aborto deveria levar à condenação da pena de morte, não deveria a condenação da pena de morte levar, por maioria de razão, à recusa do aborto?
A resposta de Ratzinger enquadra-se no pensamento da tradição católica, expresso no Catecismo: a pena de morte surge entre os pontos referidos ao homicídio, enquadrada nas situações de legítima defesa. Do mesmo modo que a moral individual não culpabiliza uma acção de duplo efeito que tem por objectivo directo a defesa proporcionada, mesmo que conduza à morte do agressor, a moral social reconhece ao Estado o direito de, tendo por objectivo primeiro a legítima defesa da comunidade, realizar uma condenação à morte.
O problema que se coloca é o de saber em que medida pode um Estado, que teve capacidade para capturar e julgar um determinado indivíduo, afirmar que não tem capacidade para neutralizar a sua acção. Foi este problema que levou
A doutrina da Igreja não promove a pena de morte. Bem pelo contrário: veja-se o texto que
Esses casos não são os de um Bin Laden qualquer! São as situações em que a ordem pública esteja seriamente ameaçada e as instituições penais ejam incapazes de garantir o cumprimento de outra pena. Por isso, não se pode defender, à luz do Catecismo, a re-introdução da pena de morte no ordenamento jurídico português. Do mesmo modo, não me parece que o Catecismo justifique a existência de pena de morte nos EUA. Aliás, a pena de morte não está prevista no ordenamento penal do Estado da Cidade do Vaticano. O Catecismo da Igreja Católica não faz uma excepção cultural, ao estilo daquela que o Parlamento português aprovou para os touros de morte
Ditadura do Relativismo
A banalização da vida é o primeiro passo para a banalização do mal. Os alemães que se recordam do nazismo sabem isso muito bem, e não é por acidente que na Alemanha existe uma enorme resistência à legalização da eutanásia. Se a eutanásia é hoje apresentada como banal pelos ‘media’, isso deve-se à feroz destruição dos nossos padrões morais que tem sido operada pela nova ditadura politicamente correcta: a ‘ditadura do relativismo’, se os cavalheiros me permitirem citar o novo Papa da Igreja católica romana.
(Citado por J. Carlos Espada, Expresso, 30/04/005)
Importância das Maneiras
(...) as maneiras são mais importantes do que as leis. Delas dependem, em grande parte, as leis. A lei toca-nos apenas aqui e ali, de vez em quando. As maneiras é o que nos agride ou conforta, nos corrompe ou purifica, nos degrada ou enobrece, nos barbariza ou refina, através de uma operação constante, firme, uniforme e insensível, como o ar que respiramos. Elas dão toda a cor e forma às nossas vidas. Consoante a sua qualidade, elas ajudam a moral, fornecem-na, ou então destroem-na completamente.
(Edmund Burke, citado por J. Carlos Espada, Expresso, 30/04/005)
1.5.05
1 de Maio - ainda o dia do trabalhador
1 de Maio - Dia do Trabalhador
[...] receive everyone who comes in the name of the Lord, and prove and know him afterward; for you shall have understanding right and left. [...] If he wants to stay with you, and is an artisan, let him work and eat. But if he has no trade, according to your understanding, see to it that, as a Christian, he shall not live with you idle. But if he wills not to do, he is a Christ-monger. Watch that you keep away from such.
(Didaché, séc. II)
(E, para quem tiver mais tempo, sugiro a Laborem Exercens, de João Paulo II)